Em decisão história, Senado mexicano aprova uso recreativo e medicinal da maconha

Na última quinta-feira (19) o Senado mexicano aprovou projeto de lei que libera o uso recreativo e medicinal da maconha. Após esta decisão, o país pode ser o terceiro do mundo a liberar a substância, após Uruguai e Canadá, países que possuem leis semelhantes.

A aprovação do projeto foi comemorada entre os senadores mexicanos. Por ser um país que sofre com a violência por parte dos cartéis de narcotraficantes, a expectativa é de que a decisão tenha potencial para realizar mudanças profundas no país. 

Para ser totalmente aprovado, o processo ainda será encaminhado para passar por mais um trâmite na Câmara dos Deputados. A expectativa é de que tudo seja finalizado até o dia 15 de dezembro.

Em decisão história, Senado mexicano aprova uso recreativo e medicinal da maconha

Votação no México aprova legalização

“Dia histórico” foi o termo usado entre diversos senadores nesta última quinta-feira (19), após o encerramento da votação que aprovou o projeto de lei que irá permitir o uso da substância para fins recreativos, científico, médico e industrial. Foram 82 votos a favor, 18 contra e 7 abstenções.

A lei ainda irá para a Câmara dos Deputados e depois deverá ser sancionada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador, a previsão até dezembro. Tudo indica que o México se tornará o terceiro país a liberar o uso recreativo e medicinal da cannabis, logo após o Uruguai e o Canadá. 

O projeto de lei faz parte da estratégia do presidente do país para combater o crime organizado. O México sofre há décadas com a violência de cartéis narcotraficantes que já custaram mais de 100 mil vidas. Portanto, a expectativa é que a lei seja responsável por grandes e significantes mudanças no país.

Mercado da cannabis será o maior do mundo 

Apesar de ser um projeto de lei semelhante aos do Uruguai e Canadá, o mercado mexicano será o maior do mundo, referente à substância. Contribuindo não só para a segurança do país, mas também, diretamente para a economia.

O senador Emilio Álvarez Icaza comentou sobre a importância vital da aprovação do projeto, que segundo o mesmo, deveria ter sido aprovado há anos.